quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Guerra de tablets

Esse ano na CES foram anunciadas várias tablets. Porém, nem todas se destacam, apenas as melhores. No ano de 2011, muitas tablets serão vendidas e a concorrência será acirrada.

Mas como essa febre de tablets começou? Quais são as tablets disponíveis no mercado?

Em 27 de janeiro de 2010, Steve Jobs anunciou o iPad. O que muitos acreditavam que não iria servir para nada e que seria um fracasso total, acabou se tornando um sucesso estrondoso, principalmente nos EUA.

Para o padrão de vida americano, US$499,00 é um preço muito barato para um produto que possui vários recursos. Seria a mesma coisa se um iPad custasse R$499,00 no Brasil, todos iriam comprar.

Então, as concorrentes perceberam o sucesso e começaram a planejar as tablets. No ano passado, só houve uma outra grande tablet para tentar concorrer com o iPad: o Galaxy Tab. Isso ocorreu porque as outras fabricantes estavam pensando nos seus produtos, planejando o sistema e etc.

O Galaxy Tab, da Samsung, era uma proposta boa. Com uma tela menor que a do iPad, ele era muito mais portátil, mas obviamente a resolução do Galaxy Tab é menor (1024x600). O problema é que o Galaxy Tab roda o Android 2.2 Froyo, que não é um sistema feito para tablets.

O Froyo em tablets é literalmente o Froyo normal ampliado. Enquanto o iOS no iPad teve alguns aplicativos reescritos e é adaptado para tablets, o Galaxy Tab é um Galaxy S gigante.

Mesmo assim, o Galaxy Tab do Brasil contém um recurso interessante: TV digital. Além disso, tem tudo o que um sistema operacional para smartphones possui: capacidade de instalar apps, internet, email, GPS, roda Flash. Ele possui duas câmeras e reproduz vídeos em 1080p. Possui uma memória interna de até 32GB podendo ser expandida com um cartão MicroSD de até 32GB. O Galaxy Tab suporta 3G, funciona como celular e tem um processador de 1GHz.

Esse foi o "grande" concorrente do iPad lançado no ano passado. Por que as aspas? Porque acho que para concorrer com a Apple deve-se inovar, e a Samsung apenas lançou uma tablet com os recursos esperados para concorrer com o iPad.

Quando o Galaxy Tab foi lançado, o iPad já tinha sido vendido em grande quantidade e já possuía vários apps e vários usos diferentes. Por isso, o Galaxy Tab não vendeu tanto como o iPad e os consumidores em sua maioria continuaram utilizando o iPad.

No ano passado também foi anunciado o PlayBook, da RIM. Falarei dele mais para frente.

Nesse ano, até agora, foram anunciados basicamente 3 tablets com chances de concorrerem com o iPad: o Xoom, da Motorola, o HP TouchPad, da HP (que roda o WebOS, o sistema da Palm) e o G-Slate, da LG.

O Xoom é um ótimo tablet. É o primeiro tablet anunciado que roda o Android 3.0 (Honeycomb) e possui um ótimo hardware.

Ao contrário do Froyo, o Honeycomb é um bom sistema, porque ele é uma versão do Android exclusiva para tablets e possui uma boa interface, muito bonita e mais fácil de usar e intuitiva que a interface do Android para smartphones.

O Xoom possui um processador Tegra 2 da Nvidia com 2 núcleos e 1GHz. Possui uma tela maior que a do iPad, com 10,1 polegadas e com uma resolução de 1280x800. Possui suporte à tecnologia 3G e possui todos os recursos básicos como internet, email, Wi-Fi, Bluetooth e etc.

Possui duas câmeras, sendo que a traseira grava vídeos em HD a 720p e a frontal possui 2MP. Ele tem GPS, giroscópio, 32GB de memória interna expansível com um cartão MicroSD de até 32GB.

O Xoom é um tablet muito bom, mas também não tem nenhum recurso inovador que faça com que alguém o compre somente por causa desse recurso. Mas é um tablet muito poderoso, se ele for vendido a um preço bom, ele poderá ser consumido em grande quantidade.

A grande vantagem do HP TouchPad da HP é o WebOS. Quando a Palm lançou o Palm Pre, era o único smartphone que possuía um sistema decente, capaz de concorrer com o iOS. O problema é que ele não vendeu nada e a Palm foi comprada pela HP. Então, a HP lançou uma tablet com o WebOS.

Não adianta ter um hardware poderoso como o do Xoom se o software não aproveita o hardware. O WebOS é um sistema muito bom. Tem todas as funções do iOS mas possui uma interface diferente e um pouco inovadora, por isso ele concorre com o iOS.

O HP TouchPad possui uma tela de 9,7 polegadas com resolução de 1024x768, um processador Snapdragon com 2 núcleos e 1,2GHz. Ele tem GPS, uma câmera frontal de 1,3MP, recursos de internet e uma memória de até 32GB. Suporta 3G, tem giroscópio e todos os recursos de um smartphone como internet, email, Wi-Fi, Bluetooth, etc.

Esse tablet não possui um hardware tão poderoso assim, mas ainda é um tablet bom principalmente por causa do WebOS.

O G-Slate, da LG possui um recurso inovador. Ele possui duas câmeras traseiras para a captura de fotos e vídeos em 1080p em 3D. Para visualizar o conteúdo, é preciso de óculos, mas mesmo assim é um recurso inovador.

É um tablet como os outros: suporta 3G, tem recursos de smartphone, giroscópio, Wi-Fi, Bluetooth, tem câmeras para fotos e uma câmera frontal. Ele roda o Honeycomb e tem o processador Tegra 2 da Nvidia. Ele possui 32GB de espaço interno.

O PlayBook, que foi o tablet da RIM (empresa que faz o BlackBerry) que eu mencionei nesse post é um tablet bom. Roda um sistema próprio da RIM, que possui ótimas capacidades de email, como esperado. 

Possui um processador com 2 núcleos de 1GHz, possui 1GB de RAM, recursos de smartphone, roda vídeos em 1080p, possui duas câmeras (traseira: 5MP e frontal: 3MP) e possui uma tela de 7 polegadas com uma resolução de 1024x600. Modelos com suporte a 3G e a 4G futuramente existirão, mas o anunciado possui suporte a Wi-Fi, por enquanto.

Ok, todos esses tablets são bons, possuem recursos bons e podem vir com tudo para tirar a fatia de mercado do iPad. Porém, existe um grande problema: NENHUM desses tablets foi lançado. Eles foram somente anunciados, e alguns têm previsão para lançamento e outros não.

Além disso, a Apple tem 1 ano de vantagem, o que permitirá que a próxima geração do iPad venha com recursos parecidos com os dessas tablets e com isso ele continuará sendo vendido em grande quantidade.

Ou seja, quem ganha essa guerra, por enquanto, é a Apple. Vamos esperar até o ano começar a acontecer para ver se alguma tablet que realmente concorra com o iPad será lançada, para que a Apple se mexa e fabrique um iPad muito melhor do que o atual ou do que o planejado para lançamento.

É uma guerra boa, mas não existem concorrentes ainda. Vamos torcer para que a concorrência venha com tudo para preocupar a Apple um pouco. Espero que isso aconteça, senão o mercado ficará estagnado ou com pouco progresso de um ano para o outro.

Qualquer dúvida, contate o Tecnologite. Os contatos se encontram na lateral direita do site.

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